Os guindastes articulados são aqueles caminhões que possuem um braço hidráulico junto à caçamba, de forma que são capazes de içar e movimentar as cargas que irão transportar sem a necessidades de outros equipamentos. Também são conhecidos pelos nomes ‘guindauto’ e ‘munck’, em referência à empresa que criou o sistema de içamento por braço hidráulico em caminhões.
O termo ‘munck’, aliás, que é o mais utilizado para denominar esse tipo de guindaste, surgiu por causa da empresa pioneira em sua fabricação, a Munck S.A., que inovou no uso do caminhão de cargas ao acoplar um guindaste à carroceria, ideia atribuída ao seu fundador, o engenheiro norueguês Tore Albert Munck. Atualmente, esta empresa é a detentora de ambas patentes dos termos ‘munck’ e ‘guindauto’*.
São equipamentos de grande versatilidade e ótimo custo-benefício, por isso são muito indicados para uma grande gama de aplicações, desde o próprio transporte de objetos que necessitam de uma operação de carga e descarga com auxílio de guindaste, até seu uso com o acoplamento de acessórios tais como: o cesto aéreo; o manipulador de postes e o garfo paleteiro, que expandem as possibilidades de aplicação do equipamento os setores de construção civil, eletrificação, mineração, locação e prestação de serviços.
Cada modelo de guindaste articulado possui um gráfico de carga específico, com seus limites de peso e de operação, definidos pelo próprio fabricante do equipamento, que deve ser sempre seguido, uma vez que o guindaste articulado foi dimensionado, fabricado e certificado para operar com uma margem de segurança real, dentro de suas próprias especificações.
E, muito ao contrário do que possa parecer, não é adequado comparar os modelos e capacidades de içamento apenas pelo tamanho do caminhão no qual o guindaste articulado está instalado, pois a capacidade de cada equipamento está atrelada não apenas pela força que o braço hidráulico pode alcançar, mas também por sua capacidade de estabilização lateral.
Como qualquer equipamento de içamento ou movimentação de cargas, o guindaste articulado é analisado para operação levando-se em conta muito mais que apenas a potência do braço do munck, pois informações tais como a inclinação e a compactação do terreno, existência de rede elétrica e outros tipos de estruturas, circulação de pessoas, além do próprio processo de içamento, transporte e movimentação da carga também são analisadas.
E como todos os tipos de guindastes, o articulado possui protocolos de operação que devem ser seguidos à risca para que a segurança dos materiais e das pessoas seja garantida, bem como para otimizar sua utilização, reduzindo os custos por desperdício de horas junto com os riscos.
Além disso, os guindastes articulados também possuem protocolos de manutenção e verificação do equipamento a serem observados, bem como a necessidade de realização de laudos técnicos, realizados em intervalos regulares, para que o equipamento esteja apto a operar.
Também é necessário que os profissionais que irão trabalhar com o içamento e movimentação da carga sejam devidamente treinados e estejam equipados com os EPI corretos, bem como passem por constantes atualizações de conhecimento, operação e prevenção de acidentes, bem como nos procedimentos à serem seguido em caso quaisquer eventualidades que surgirem.
Nunca esquecer que para a utilização segura do guindaste articulado, é necessário que haja um estudo do local em que o serviço será realizado para se saber quais os riscos dessa operação, como já citado, de forma que sejam levantadas todas as particularidades do terreno. Essas informações serão utilizadas para definir quais as precauções que deverão ser tomadas durante o processo.
Por fim, no caso da necessidade de utilização dos acessórios do guindaste articulado, tais como os cestos de içamento, cestos aéreos, cintas da içamento, manilhas e balancins, todos esses equipamentos deverão adaptados ao guindaste e ao tipo de carga ou serviço à ser executado, além de terem sido verificados por um técnico de segurança e pelo operador do guindaste.
Nunca esquecer que os dados de uso e especificações desses acessórios devem obrigatoriamente constar nos manuais de operação e/ou em etiquetas de rastreabilidade, que devem sempre ser aparentes, com as informações claras e estarem em bom estado de conservação.